terça-feira, 20 de maio de 2008

INFORMATIVO DA COORDENADORIA DISTRITAL DA UNSP

Após a vitoriosa paralisação dos profissionais da educação no município de Santa Gertrudes, onde o Prefeito Municipal Valtimir Ribeirão (PMDB) pressionado pelos manifestantes, resolveu reabrir as negociações. Desceu de seu gabinete e chamou as lideranças sindicais, marcando duas datas para resolver o impasse. O sindicato decidiu através de uma reunião relâmpago com a categoria, enviar uma comissão e indicando o companheiro Valdinei, que no qual é o coordenador geral da entidade, para ser o porta-voz. Após intensa discussão com o Prefeito, decidiu-se que haveria duas reuniões para discutir as reinvidicações. A primeira foi marcada para dia 14 de abril do corrente ano, as 14h00min, a segunda para o dia 22 de Abril do corrente, no mesmo horário e todas no gabinete do Prefeito.

Na primeira reunião, conforme combinado com a comissão em conjunto com o sindicato, reuniu-se com o prefeito e levantou imediatamente as seguintes questões:

Sobre o Plano de Cargo e Carreira da educação e uma data para definir a entrega na Câmara Municipal.

Resultado: O prefeito se colocou indefinido sobre a questão, dizendo que necessitaria da formação de grupos de discussões entre professores, sindicato, secretaria e servidores da área para resolver o impasse. Disse ainda, de forma imprevisível que pretende levar o esboço do plano para uma entidade, como o CEPLAM, Centro de Planejamento e Auxilio as Administrações Municipais, ou seja, Instituto Faria Lima. Em grosso modo o impasse continua, falta vontade política para resolver a situação.

O sindicato questionou a realidade dos gastos com a folha de pagamento ao servidor publico, ou seja, qual o índice real com a folha conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal – (LRF).

Resposta: Não tem noção dos gastos, vagueia entre 45% a 50% da receita. Enfatiza que deverá entregar neste mês de abril as contas para o TCE, aguardando uma analise final por parte do tribunal, devido ser ano eleitoral.

Outro assunto levantado na reunião pelos integrantes, foi o afastamento dos nossos dirigentes, que aguardam uma resposta a mais de um mês, conforme oficio protocolado.

Resposta do prefeito: Uma hora diz que, necessita de uma avaliação jurídica sobre o assunto, aguardando o setor para decidir. Noutro momento, novamente embroma na resposta e diz que é uma questão política e que a decisão sairia nesta semana, entre terça (15) e sexta-feira(18).

Para não estender a reunião, o prefeito se colocou a disposição para atender outros pontos que por ventura poderão aparecer. Neste momento os integrantes do sindicato, através dos Coordenadores, Valdinei, Edna e Antonio, questionaram sobre a perseguição que vem ocorrendo dentro das escolas e que certos diretores estão falando em nome do prefeito e do secretário e praticam o maior assédio moral contra esses funcionários. Alertamos ao prefeito, que estaríamos atentos aos reclames sobre essas ações autoritárias e tomaríamos, se necessário, ações judiciais e mobilizações (nova paralisação) para dar um basta a tudo isso. O dirigente Sérgio Andrade questionou a privatização do setor de esgoto, no mesmo molde da PPP de Rio Claro, dizendo que ficou indignado pela atitude precipitada da administração. O prefeito colocou seu posicionamento, argumentando, como todas as administrações argumentam que não haveria possibilidade da atual gestão, arcar com este alto custo e que é a lógica da parceria publico - privado no momento. Dando continuidade neste raciocínio a dirigente Edna, questionou também a terceirização no setor de merendas. Dizendo que piorou o atendimento aos alunos e que o cardápio é muito pobre, pois, são servidos diariamente como misturas, as salsichas. A resposta do prefeito foi enfática, disse que se reuniu com a empresa ganhadora e cobrou melhor atendimento e que se não fosse respeitado o contrato, a prefeitura irá rescindi-la. Aproveitando o ensejo, os professores Ney e Antonio, levantaram a questão de se instalar filtros de águas nas escolas e coberturas das quadras poliesportivas. O prefeito se colocou a disposição, dizendo que já havia feito licitações para esses problemas e que em curto período de tempo estariam resolvidos.

Na nossa avaliação, pouco se resolveu sobre as reivindicações que levaram a paralisação. Mas, para nunca dizerem que somos intransigentes e radicais, vamos aguardar essa outra reunião, caso não se conclua ou definam datas, tomaremos ações mais pontuais. Se formos radicais, não tenham dúvidas que seremos, pois somos radicais na defesa dos nossos direitos.

VALDINEI SILVA MOREIRA
COORDENADOR-GERAL
UNSP – SINDICATO NACIONAL

NENHUM DIREITO A MENOS. AVANÇAR RUMO AS NOVAS CONQUISTAS.

Amazônia é território e protagonista no Fórum Social Mundial 2009

De 27 de janeiro a 1° de fevereiro a cidade de Belém deixa de ser a capital do Pará para se tornar o centro de toda a Pan-Amazônia

A Pan-Amazônia será o território da 8ª edição do Fórum Social Mundial. Durante seis dias, Belém, a capital do Pará, no Brasil, assume o posto de centro de toda a região para abrigar o maior evento altermundista da atualidade que reúne ativistas de mais 150 países em um processo permanente de mobilização, articulação e busca de alternativas por um outro mundo possível, livre da política neoliberal e todas as formas de imperialismo.

Composta por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além da Guiana Francesa, a Pan-Amazônia é conhecida pela riqueza da maior biodiversidade do planeta e pela força e tradição dos povos e das entidades que constroem um movimento de resistência na perspectiva de um outro modelo de desenvolvimento.

Em reunião do Conselho Internacional (CI) do FSM, realizada entre 30 de março de 3 de abril, em Ambuja, Nigéria (África), ficou decidido que o FSM 2009 Amazônia será realizado no período de 27 de janeiro a 1º de fevereiro de 2009, na cidade de Belém, Pará, Brasil, um dos países que compõem a Pan-Amazônia. Além da data e a arquitetura do Fórum a reunião sinalizou a decisão de que o território do FSM2009 será constituído pela Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), todos localizados na avenida Perimetral, que está sendo chamada de "Corredor do FSM 2009 Amazônia".

Muito mais de um território para abrigar o FSM a Amazônia, representada por seus povos, movimentos sociais e organizações, será protagonista no processo e terá a oportunidade de fazer ecoar mundialmente suas lutas, além de tecer alianças continentais e planetárias.

A escolha da Pan-Amazônia

O Conselho Internacional do FSM composto por cerca de 130 entidades escolheu a Pan-Amazônia para sediar o FSM 2009 em reconhecimento ao papel estratégico que a região possui para toda a Humanidade. A região é uma das últimas áreas do planeta ainda relativamente preservada, em um espaço geográfico de valor imensurável por sua biodiversidade e que agrega um conjunto amplo e diverso de movimentos sociais, centrais sindicais, associações, cooperativas e organizações da sociedade civil que lutam por uma Amazônia sustentável, solidária e democrática, articuladas em redes e fóruns, construindo esse amplo movimento de resistência na perspectiva de um outro modelo de desenvolvimento.

O FSM 2009 Amazônia será guiado por três diretrizes estratégicas: - ser efetivamente um espaço onde se constroem alianças que fortalecem propostas de ação e formulação de alternativas; ser hegemonizado pelas atividades auto-gestionadas; e possuir um claro acento pan-amazônico.

Esse esforço e demanda da Pan-Amazônia foram reconhecidos e abraçados pelo CI e o resultado será uma das grandes novidades do FSM em sua 8ª edição, um dia inteiro dedicado à temática panamazônica.

O Dia da Pan-Amazônia: 500 anos de resistência afro-indígena e popular

O FSM 2009 Amazônia terá um dia a mais de atividades. O segundo dia da programação, no dia 28 de janeiro, será inteiramente dedicado a Pan-Amazônia. (Confira a programação)

Nesse dia, as vozes, os povos e as lutas da região serão levados ao mundo, representado pelos mais de 150 países que participam do FSM. O Dia da Pan-Amazônia será constituído de diversas atividades, como testemunhos, conferências, mesas –redondas, além de celebrações, mostras culturais e alguns grandes eventos, todos centrados no eixo: “500 Anos de Resistência Afro-Indígena e Popular”.

Outra grande novidade desse momento da programação é que diferente dos demais dias do FSM, nos quais todas as atividades são auto-gestionadas, a agenda do dia 28 será direcionada pelo Conselho do Fórum Social Pan-Amazônico e o Comitê Local de Belém, que no decorrer da preparação, deverão colher o máximo de sugestões dos povos da Pan-Amazônia e suas organizações.

A Festa da Aliança, na noite do dia 28, encerra o Dia da Pan-Amazônia e celebrará a aliança entre os povos da Amazônia com os povos de todas as regiões do mundo inteiro.

Desemprego entre jovens é três vezes maior do que entre adultos, mostra estudo.

Um estudo divulgado nesta terça-feira, detalha uma realidade que os jovens já percebem, na prática, a falta de emprego. Segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o desemprego entre jovens de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior do que entre os trabalhadores considerados adultos, com mais de 24 anos. O estudo foi organizado por Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino.

A taxa utilizada pelo estudo é de 2005 --para permitir a comparação com outros países-- e apresenta crescimento em relação a anos anteriores. Em 2000, o desemprego dos jovens era três vezes maior ao dos adultos, em 1995, 2,9 e, em 1990, 2,8 vezes.

O desemprego entre os jovens no Brasil também é um dos maiores entre dez países pesquisados, em relação a situação dos adultos, perdendo para a Itália (3,9), Suécia (3,8) e para o Reino Unido (3,6).

Abaixo do Brasil estão: Argentina (3,1), Estados Unidos (2,8), França (2,7), Espanha (2,6), México (2,4) e Alemanha (1,4).

O índice de desemprego entre os jovens é de 19%, aponta a pesquisa, a maior dos anos pesquisados: 18% (2000), 11% (1995), 7% (1990) e 6% (1985).

De acordo com o estudo, o desemprego é maior entre os jovens porque a demissão desses trabalhadores tem um custo mais baixo para as empresas e porque, por terem menos experiência, podem ser considerados menos "essenciais".

O dado, no entanto, é confrontado pela pesquisa pelo fato de os trabalhadores mais jovens apresentarem, em média, mais atributos de escolaridade na comparação com os mais velhos.

Os pesquisadores ressaltam, portanto, que, em um período de rápida transformação nos processos produtivos, as empresas podem ver vantagens em contratar funcionários com menos experiência.

Metade

Em 2005, 46,6% dos desempregados eram jovens, contra participação de 43,8% em 2000, de acordo com estudo. Em 1995, no entanto, os jovens eram 51,1% dos desempregados.

Esse índice é o mais alto na comparação com outros países pesquisados, à frente de México (40,4%), Argentina (39,6%), Reino Unido (38,6%), Suécia (33,3%), Estados Unidos (33,2%), Itália (25,9%), Espanha (25,6%), França (22,1%) e Alemanha (16,3%).