Após a vitoriosa paralisação dos profissionais da educação no município de Santa Gertrudes, onde o Prefeito Municipal Valtimir Ribeirão (PMDB) pressionado pelos manifestantes, resolveu reabrir as negociações. Desceu de seu gabinete e chamou as lideranças sindicais, marcando duas datas para resolver o impasse. O sindicato decidiu através de uma reunião relâmpago com a categoria, enviar uma comissão e indicando o companheiro Valdinei, que no qual é o coordenador geral da entidade, para ser o porta-voz. Após intensa discussão com o Prefeito, decidiu-se que haveria duas reuniões para discutir as reinvidicações. A primeira foi marcada para dia 14 de abril do corrente ano, as 14h00min, a segunda para o dia 22 de Abril do corrente, no mesmo horário e todas no gabinete do Prefeito.
Na primeira reunião, conforme combinado com a comissão em conjunto com o sindicato, reuniu-se com o prefeito e levantou imediatamente as seguintes questões:
Sobre o Plano de Cargo e Carreira da educação e uma data para definir a entrega na Câmara Municipal.
Resultado: O prefeito se colocou indefinido sobre a questão, dizendo que necessitaria da formação de grupos de discussões entre professores, sindicato, secretaria e servidores da área para resolver o impasse. Disse ainda, de forma imprevisível que pretende levar o esboço do plano para uma entidade, como o CEPLAM, Centro de Planejamento e Auxilio as Administrações Municipais, ou seja, Instituto Faria Lima. Em grosso modo o impasse continua, falta vontade política para resolver a situação.
O sindicato questionou a realidade dos gastos com a folha de pagamento ao servidor publico, ou seja, qual o índice real com a folha conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal – (LRF).
Resposta: Não tem noção dos gastos, vagueia entre 45% a 50% da receita. Enfatiza que deverá entregar neste mês de abril as contas para o TCE, aguardando uma analise final por parte do tribunal, devido ser ano eleitoral.
Outro assunto levantado na reunião pelos integrantes, foi o afastamento dos nossos dirigentes, que aguardam uma resposta a mais de um mês, conforme oficio protocolado.
Resposta do prefeito: Uma hora diz que, necessita de uma avaliação jurídica sobre o assunto, aguardando o setor para decidir. Noutro momento, novamente embroma na resposta e diz que é uma questão política e que a decisão sairia nesta semana, entre terça (15) e sexta-feira(18).
Para não estender a reunião, o prefeito se colocou a disposição para atender outros pontos que por ventura poderão aparecer. Neste momento os integrantes do sindicato, através dos Coordenadores, Valdinei, Edna e Antonio, questionaram sobre a perseguição que vem ocorrendo dentro das escolas e que certos diretores estão falando em nome do prefeito e do secretário e praticam o maior assédio moral contra esses funcionários. Alertamos ao prefeito, que estaríamos atentos aos reclames sobre essas ações autoritárias e tomaríamos, se necessário, ações judiciais e mobilizações (nova paralisação) para dar um basta a tudo isso. O dirigente Sérgio Andrade questionou a privatização do setor de esgoto, no mesmo molde da PPP de Rio Claro, dizendo que ficou indignado pela atitude precipitada da administração. O prefeito colocou seu posicionamento, argumentando, como todas as administrações argumentam que não haveria possibilidade da atual gestão, arcar com este alto custo e que é a lógica da parceria publico - privado no momento. Dando continuidade neste raciocínio a dirigente Edna, questionou também a terceirização no setor de merendas. Dizendo que piorou o atendimento aos alunos e que o cardápio é muito pobre, pois, são servidos diariamente como misturas, as salsichas. A resposta do prefeito foi enfática, disse que se reuniu com a empresa ganhadora e cobrou melhor atendimento e que se não fosse respeitado o contrato, a prefeitura irá rescindi-la. Aproveitando o ensejo, os professores Ney e Antonio, levantaram a questão de se instalar filtros de águas nas escolas e coberturas das quadras poliesportivas. O prefeito se colocou a disposição, dizendo que já havia feito licitações para esses problemas e que em curto período de tempo estariam resolvidos.
Na nossa avaliação, pouco se resolveu sobre as reivindicações que levaram a paralisação. Mas, para nunca dizerem que somos intransigentes e radicais, vamos aguardar essa outra reunião, caso não se conclua ou definam datas, tomaremos ações mais pontuais. Se formos radicais, não tenham dúvidas que seremos, pois somos radicais na defesa dos nossos direitos.
VALDINEI SILVA MOREIRA
COORDENADOR-GERAL
UNSP – SINDICATO NACIONAL
NENHUM DIREITO A MENOS. AVANÇAR RUMO AS NOVAS CONQUISTAS.